Diagramação de Pranchas

Seja para um concurso de arquitetura, para a faculdade ou até mesmo para um cliente, a diagramação de pranchas sempre dá dor de cabeça. Temos várias informações para mostrar, inúmeros desenhos e no fim parece que as coisas nunca cabem nas folhas, ou quando cabem não fica lá essas coisas. Então separamos algumas dicas importantes que vão facilitar na hora de pensar a diagramação de nossos projetos.

Orientação e quantidade de folhas

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A primeira coisa a ser definida normalmente é o tamanho e a quantidade de folhas, que pode tanto ser definida por um edital de concurso, ou no caso da faculdade pelos professores. Mas há casos em que temos uma certa liberdade quanto a orientação da folha e quantidade, e conhecer nosso projeto e saber qual o melhor jeito de usar as pranchas a nosso favor faz grande diferença. Um exemplo simples é um edifício vertical, onde cortes e elevações provavelmente serão prejudicadas se apresentadas na orientação paisagem. A quantidade e tamanho das folhas também depende um pouco do próximo item, que é a questão das informações obrigatórias e escalas.

O que precisa ser apresentado?

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Definir o que precisamos de desenhos, infográficos, renders, textos, e suas respectivas escalas é um passo muito importante para posteriormente fazer o “croqui da prancha”, já que essas informações e as escalas vão ser importantes na organização e leitura do projeto a ser apresentado. Normalmente na faculdade temos uma lista de informações que nossas pranchas devem conter, porém podemos sempre sintetizar informações em isométricas, infográficos e ter uma diagramação mais interessante. Em concursos esse poder de síntese da informação é muito importante, já que há concursos que todo o projeto precisa ser apresentado em uma única prancha.

Podemos também começar a pensar na lógica da disposição dessas informações, a organização delas e a hierarquia fará com que a leitura das pranchas conte a “história” do projeto como queremos. O uso das grades pode melhorar muito a leitura e a lógica que queremos trazer na leitura do projeto.

Grades e hierarquia das informações

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Com os produtos finais em mente e suas respectivas importâncias e escalas podemos começar nosso “croqui da prancha”. Um bom começo é definir uma grade que fará a separação das informações (definir margens laterais e margens entre as informações). É interessante também fugir do previsível e não usar uma grande tão regular, já que temos informações que tem mais relevância que outras, imagens, desenhos, etc. O exemplo da imagem acima é interessante, porque a partir de uma grade regular podemos juntar módulos para criar uma diagramação diferente.

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A disposição dos informações nessa grade também tem que ser bem pensada, já que a ordem da leitura dessas informações que apresentará o projeto (por exemplo, mostrar o projeto da escala macro para a micro, assim evoluindo desde um render geral e uma implantação, chegando até detalhes construtivos). Quadrinhos é uma ótima analogia para essa ordem de leitura (de cima pra baixo e da esquerda pra direita), além da diferença no tamanho dos quadros, já que cenas mais importantes e visualmente atrativas tendem a ter um maior tamanho na folha.

Paleta de cores e fontes

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A definição de uma paleta de cores é um passo importante antes mesmo da finalização dos desenhos, infográficos e outros materiais gráficos, já que essa paleta de cores fará parte desses conteúdos. O jeito como trabalhamos as paletas de cores também podem ter diferenças, já que podemos trabalhar com uma paleta de cores próximas (análogas) para simplesmente trazer mais estética para nossos desenhos; como também podemos usar uma paleta de cores distintas (cores complementares, tríades, etc) para trazer informações aos desenhos sem deixar confusa as informações. Saber o que vamos produzir é importante para saber exatamente qual tipo de paleta usar.

Sites bons para buscar paletas de cores são o Color Hunt, Adobe ColorCoolors e o Design Seeds.

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Quanto ao texto, o ideal é sempre ser sucinto, escrever o necessário para complementar as informações gráficas mas nunca se alongar muito na quantidade textual. Sintetizar as informações graficamente pode trazer vantagens, principalmente em concursos.

Variar o estilo da fonte, ou até mesmo usar tipos diferentes (sem exageros) pode trazer uma estética interessante e também uma melhor separação de tópicos e títulos ao longo das pranchas. Sites como o Google Fonts, Fontfabric, Font Squirrel e DaFont são bons lugares para buscar fontes que tenham a estética que combine com nosso projeto.

Referências

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Para melhorar ainda mais na diagramação, nada como analisar pranchas de trabalhos e concursos para criar um repertório de ideias. Quanto mais repertório tivermos, mais soluções criativas podemos ter. Sites de concursos são ótimos lugares para ver os mais diversos tipos de pranchas, e também temos o Pinterest, onde temos uma concentração de inúmeras referências. A Pixelmais possui uma página no Pinterest, onde organizamos referências para diagramação, desenhos, paletas de cores, entre outras informações de arquitetura. Siga nossas pastas que manteremos sempre atualizadas com as mais diversas referências.

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eric_assinatura_wordpress

4 comentários em “Diagramação de Pranchas

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  1. Muito massa !! Gostei que vocês também indicaram sites onde buscar as fontes, paletas e referências! Seria legal ter posts específicos sobre cada uma dessas etapas, com mais detalhes e informações / ideias !!

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